O que seria de nós,
se nós não nos movimentássemos?
Andar, enxergar, nos mantermos eretos e sustentar nosso corpo seria o caos.
O ócio poria fim às nossas manifestações físicas.
Hoje, prevenir é a palavra. Movimento é o caminho. Mas essas são palavras que ouvimos o tempo todo por médicos, terapeutas, educadores, nossos vizinhos, amigos, redes sociais e afins. E você, o que faz para se colocar em movimento? No seu dia a dia, como isso funciona? Vai no piloto automático ou você percebe o seu andar, enxergar, a dor do seu corpo numa postura esquecida no sentar.
Comigo foi assim, meu corpo gritava de dor por tensão, não conseguia relaxar, pés frios e todas as consequências disso até que conheci o Método Meir Schneider Self Healing, desenvolvido por Meir Schneider, um ucraniado de 61 anos que, incorformado com o diagnóstico de cegueira, aprendeu Braille, teve contato com o método Bates e também com pessoas que lhe ensinaram como se massagear e movimentar.
Nesse caminho, o treinamento e a dedicação levaram a melhoria de sua visão. Em seus livros Movimento para a Autocura e Saúde Visual por toda vida, Meir conta a sua história e como desenvolveu o método Self- Healing, que trabalha o corpo na sua totalidade. Não há movimento estanque. Hoje, Meir habilitado a dirigir carros nos Estados Unidos, dá palestras, workshops e cursos em vários países como EUA, Australia, Canadá e Brasil.
No Método Self-Healing, várias patologias são tratadas como, por exemplo, as atrofias e distrofias musculares, problemas cardíacos, pressão arterial, disturbios de visão, esclerose múltipla, pólio, problemas posturais, osteoporose, diabetes, doença degenerativa das articulações, entre outras.
Mas a minha primeira pergunta foi: O que você faz para se colocar em movimento? Eu aprendi com o Método Meir Schneider de Autocura. Contei um pouquinho da história de seu criador. E agora, aceita a sugestão de fazer alguns exercícios para movimentar o seu corpo? Sem preguiça, não precisa puxar ferro, é só prestar atenção e incorporar na sua rotina, como lição de casa. Um pouco a cada dia. Aceita o convite?
Começando por chacoalhar o corpo todo. Braços, pernas, mãos, cabeça. Tudo ao mesmo tempo. Fazendo acordar cada músculo e ativando a circulação.
Feche os olhos e tente identificar o sabor dos alimentos e prestando atenção de que lado você mastiga. Nesse momento você percebe os vicios de mastigação e, quando a gente sabe disso, muda a maneira de mastigar, usando os dois lados além de aguçar o paladar sem a interferência dos outros sentidos.
Cumprimente seu corpo ao acordar, dando pequenas batidinhas em todo ele com as pontas dos dedos.
Espreguice ao acordar pela manhã. Estique todos os seus membros. Suas mãos são preciosas no seu dia a dia então flexione seus dedos várias vezes durante o dia.
Ative seus neurônios, saia do automático mudando seu caminho para ir ao trabalho, escola, etc. Prefira caminhos agradáveis, floridos, arborizados. Preste atenção aos pequenos detalhes.
Exercite seus pulmões. Respire relaxada e profundamente, massageando seu peito e abdomen. Lembrando de ao inspirar, encher plenamente o seu pulmão e, enquanto isso acontece, eleve a cabeça em direção ao céu permitindo inspirar mais ar.
Andar de costas, subir um andar, escadas, ou ladeiras. Isso permite que você trabalhe músculos esquecidos quando andamos para frente. Podemos mudar nossos paradigmas. Apagar as luzes ao tomar banho. Experimente! Você verá que a escuridão não existe. Esse é um excelente exercício.
Banho de contraste. Ative seu corpo alternando o quente e o frio em seu banho. Assim, você ativa sua circulação.
Crie o hábito, acrescente no seu dia a dia, pequenas ações, movimentos, que te levem à autocura. Mude seu paradigma, não precisamos fazer tudo sempre igual como canta Chico Buarque de Holanda “...todo dia ela faz tudo sempre igual, me acorda às 6 horas da manhã…"
Nicole Fantone
Jornalista